LEITE DERRAMADO, não se trata de um grande livro na literatura atual. Apesar da algazarra – provocada pelos críticos e o bom e velho marketing – em livrarias espalhadas pelo Brasil, Chico não traz a poética de Budapeste em seu novo romance. Não podendo ostentar a alcunha maior que apenas o adjetivo de bom, o livro deve ter decepcionado alguns leitores sedentos por Best-sellers. Narrando suas memórias – e que memórias – Eulálio Montenegro d’Assumpção às vezes nos confunde quando começa a se atrapalhar com a sua própria linhagem. “E falo devagar, como quem escreve, para que você me transcreva sem precisar de taquígrafo...”, Na verdade não sei se era a intenção, mas o leitor acabará mesmo se confundindo. Beira o criativo quando o narrador discorre o mesmo fato com outras conotações e situações, não deixando, no entanto de ser enfadonha a repetição de como ele conheceu sua esposa. Em fim, ao fim do livro chega-se a conclusão de que algo está errado, acabando sem mais nem menos deixando o leitor esperando algo mais.
(D.Everson)
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