O essencial é senti-los, é escutar o eco dos três versos n’alma
Por: D.Everson
“Os haikai são diferentes. Não têm dessa eloquência. Sua eloquência é outra. É a eloquência de sugerir. De modo que uma simples leitura de nada vale. O essencial é senti-los, é escutar o eco dos três versos n’alma.” OLDEGAR VIEIRA
Bem nosso poeta de hoje é mais um peso pesado que começa de quebra sua carreira de poeta metendo o pé no haicai em seu livro Folhas de Chá em 1940, não bastasse a ousadia ainda teve a obra ilustrada por Anita Malfatti. Que o baiano danado!
A fogueira branca
dos vagalumes parece
um baile de estrelas.
As sombras se adensam
Mas a noite é uma urupemba
peneirando estrelas…
“Imagine você que Oldegar Vieira escreveu estes haikais naquela Bahia acanhada dos anos 1930!” (Gustavo Felicíssimo). Ainda segundo Gustavo Felicíssimo: “Aliás, este último também foi destacado pelo poeta Manuel Bandeira (1886-1968) como um dos “exemplares perfeitos do haikai entre nós”.
Dito isso em relação a esse poema à baixo:
Uma borboleta!
O bastante para que
Se desfolhe a rosa.
Para finalizar pode-se dizer que o poema à baixo é prólogo daquele poeminha do João Cabral de Melo Neto: Os galos! Hahahahaha!
Pouco a pouco, vai
o canto claro dos galos
clareando o dia.
Sem mais leriado, já que hoje rechiei todo o artigo com poemas, fiquem com o vídeo Cidade do canal do weidebach no Youtube para finalizar essa apresentação minha para você desse camarada Oldegar Vieira.
REFERENCIAS
SOPA DE POESIA. Disponível em:: http://sopadepoesia.blogspot.com/
WEIDEBACH. Cidade. [s.l], weidebach,2006. Disponível em: < http://www.youtube.com/user/weidebach>. Acesso 12 fev. 2011.