Viajantes Interplanetários

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domingo, 8 de maio de 2016

LIVRO FREE

Já está disponível para download o livro PESSOA COMUM de Ricardo Banholzer baixe, não perca tempo. Quem curti a leitura de PESSOA COMUM pode adquirir o livro novo: O ESCORPIÃO E O LAGARTO: sob o sol do sertão. É só entrar em contato com o autor.

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quinta-feira, 21 de novembro de 2013



POR QUE, RECIFE?

Quando ando pelas praças do Recife,
Em busca do ar poético de outrora,
Da beleza que um dia alguém me disse,
Estarreço-me com a imagem de agora.
Fontes tornadas em tristes banhos sem glamour,
Bancos transformados em cama para o indigente,
Marcos e coretos em barracos pra toda pequena gente.
Quando ando pelas ruas do meu Recife,
E vejo a natal cidade desfigurada,
Aumenta minha angústia,
Sinto a alma desesperada,
Sem entender por que
 A ti maltratam, Oh! Recife,
Minha querida cidade amada.


- Ricardo Frederico Banholzer -
Novembro / 2013


terça-feira, 16 de julho de 2013

DEPRESSÃO


A Alegria: nem com trabalho se consegue ter.

O Trabalho: não desperta qualquer prazer.

O Prazer: longe do corpo, longe do coração.

O Coração: apertado pela mente que não descansa.

Na mente: a mesma ideia, a mesma ideia, a mesma ideia...

Na ideia: solidão, solidão, solidão...


-Ricardo F. Banholzer-
Agosto / 2012

sábado, 20 de outubro de 2012

CONTO MINIMALISTA

PERSONA DUPLA

Francisco Pimentel
Muitos o mantinham à distância. Uns alegavam ser devido à sua aparência ameaçadora, outros por exalar odores equínos. Ele, porém, creditava ao distanciamento de tantos o temor à sua tendência em ser dominador e às suas brutas reações ao que julgava idiota. Era visto, então, como persona dupla: ora se portava como ginete, ora agia como cavalo.
Ricardo F Banholzer

quinta-feira, 11 de outubro de 2012



CONTO MINIMALISTA



CHORO ETÍLICO

Aquele homem passou grande parte da sua vida se dedicando à embriaguez. Como uma mosca de balcão, pousava de bar em bar, implorando a quem o atendia pelo chorinho do dosador de bebidas e felicitando-se ao ver o líquido depositar-se no copo. Depois de muitos anos, e somente quando largou a bebedeira, é que se deu conta de nunca haver deixado cair uma única gota de bebida ou de lágrima, pois nas inúmeras vezes em que bebeu teve de engolir o choro.



Ricardo F Banholzer

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

CONTO MINIMALISTA

O círculo e o ciclo
Todo ano ele olhava o calendário e circulava a mesma data em vermelho. Aquele era o símbolo que marcava o seu começo. No ano presente, porém, não o pode fazê-lo, pois, bem na véspera da dita data, finalizou seu ciclo.
Ricardo F Banholzer

sexta-feira, 5 de outubro de 2012


PERDIDO NO TEMPO
 

De repente me vi diante do passado.
Passado o tempo, passado é passado.
Passado vivido, sem tempo perdido.
Passado em sorriso, passado chorado.
 

De repente uma faísca de futuro.
Futuro querido, futuro esperado.
Futuro sonhado...
Futuro ali, na minha frente.


 De repente... A consciência:
Acorda rapaz, estás no presente.
 
Ricardo F. Banholzer

sábado, 22 de setembro de 2012

MEIA CEGUEIRA

Podemos andar por países distantes.
Buscar novas imagens.
Ver coisas que só a TV nos mostra.
Encontrar pessoas bonitas.
Ver muitas pessoas feias, também.

Mas, só na volta percebemos
Que quem mais nos facina,
O que mais gostamos,
Sempre esteve alí, pertinho,
Bem ao nosso lado.

Ricardo F. Banholzer
Setembro / 2012

terça-feira, 18 de setembro de 2012

SOLIDÃO DO SER

Ser.
Ser só.
Ser só, na lida.
Ser só, sem dividir.
Ser, só por ser.
E, por ser só,
Viver na solidão.

Ricardo F Banholzer

(Setembro – 2012)

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Janela de Vidro



Olhando através do vidro da janela
Vejo a cidade que todos pensam que dorme.
Suas luzes, que iluminam sonhos de concreto,
Pois, de concreto, se desejam abrigos.

Olhando através do vidro da janela
Vejo a inquietude dos que não dormem,
A ascender e apagar, incessantemente,
               As luzes de seus abrigos de concreto.

Através dessa janela de vidro ouço os ruídos
Da cidade que todos pensam que dorme.
Ruído produzido por aqueles que, mesmo sonhando,
Afundam em seus leitos, pesados como o concreto.

Olhando para o vidro da janela
Vejo o reflexo de dois olhos vermelhos,
Destacados em um rosto pálido como o concreto,
Dos quais brotam, e pelo pálido rosto escorrem,
Dois veios transparentes, brilhantes e salgados.

Abriu-se a janela...
Fugiram o sono e os sonhos...
Restauram o silêncio e a dureza do concreto.

Ricardo Frederico Banholzer
Agosto/2012.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

DEPRESSÃO

A Alegria: nem com trabalho se consegue ter.

O Trabalho: não desperta qualquer prazer.

O Prazer: longe do corpo, longe do coração.

O Coração: apertado pela mente que não descansa.

Na mente: a mesma ideia, a mesma ideia, a mesma ideia...

Na ideia: solidão, solidão, solidão...


-Ricardo F. Banholzer-


Agosto / 2012

sexta-feira, 15 de junho de 2012

PERDIDO NO TEMPO

(ou Planejando)

De repente me vi diante do passado.
Passado o tempo, passado é passado.
Passado vivido, sem tempo perdido.
Passado sorriso, passado chorado.

De repente uma faísca de futuro.
Futuro querido, futuro esperado.
Futuro sonhado.

Futuro ali, na minha frente...
De repente... A consciência:
- Acorda rapaz, estás no presente!


Ricardo F. Banholzer

(Maio – 2010)





sábado, 19 de maio de 2012

INSÔNIA


Mais uma vez

Sentado no escuro

Vi a noite passar em claro.



Sentada num canto do escuro

Dessa noite insone,

Vi a morte a espreitar meu sono.



Com suas órbitas profundas

De posse da gadanha

Sorria eternamente.



O dia quis clarear,

E espantar o escuro,

Esconderijo da senhora que não dorme.



Mas a sombria senhora

Não tem medo nem se espanta

Com qualquer raio de dia.



Com suas órbitas profundas

E afiada gadanha,

Apenas eternamente sorria.



Ricardo F. Banholzer
Recife, 17/05/2012

quinta-feira, 8 de março de 2012

Mórbidas areias

Recife mórbido
De securas variadas e incuráveis.
De violência triste e insanável.
Ouço o som de tuas areias mórbidas
Cortadas por mórbidas ferramentas metálicas,
Abrindo na terra bocas simétricas
De fome eterna, reinante.

Recife mórbido
De ar quente – sufocante, poluído.
A tingir o cristalino suor do rosto
Com a cor da poeira de tuas mórbidas areias
Lançadas sobre ataúdes
Tornando o ar pueril,
Emitindo intenso som – traumatizante.

Recife mórbido
Tuas mórbidas areias
Delimitadas num Amaro santo.
Esperam para cobrir teu belo povo.
Mais belo pelo que foi e é,
Muito menos pelo semblante,
No momento em que deixam de ser
Trabalhador, vagabundo,
Professor, estudante.

Recife mórbido
Em ti vivemos, intrincados
Entrincheirados, colados, apertados,
Quando, antes, desejamos,
De tuas mórbidas areias,
Estar o mais possível distante.

Ricardo Frederico Banholzer

Março/2012.