Carlos? Drummond!
Por: D. Everson
Hoje sem muitos segredos vamos falar de um poeta porreta da literatura em língua portuguesa. Nascido na cidade de Itabira (MG) a qual cantou em alguns versos, nosso poeta graduou-se em farmácia, a exemplo do nosso saudoso Quintana que também trabalhara como prático. “em 1930, seu livro "Alguma Poesia" foi o marco da segunda fase do Modernismo brasileiro. O autor demonstrava grande amadurecimento e reafirmava sua distância dos tradicionalistas com o uso da linguagem coloquial, que já começava a ser aceita pelos leitores.”¹ figura singular adorava desenhar a si próprio:
“Os primeiros haicais de Drummond foram publicados no número 34 da revista Para Todos de 27 de junho de 1925. [...] intitulados Hai-kais urbanos, os poemetos compuseram a seção dedicada à crônica teatral da revista e dividiam a página com a foto do ‘enlance de Hilka Muller com Manuel Ignácio Gomes’.”² “Em 1985, o poeta publica vinte novos poemetos em Amar se aprende amando, [...] esse conjunto é completado por três outros haicas, intitulados ‘Textos Mínimos’. Em 1987 os últimos haicais de Drummond são coligidos na obra póstuma ‘Farewell’, na secção ‘A arte da exposição’ , que segundo consta, poderia constituir um livro autônomo, somente com haicais.”²
Bem sem mais delongas vamos ao que viemos: com vocês o Itabirano mais famoso do século: CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
O censor olhou-se
no espelho e censurou-o:
que horror!
Não tenho dinheiro no banco,
Porém,
Meu jardim está cheio de rosas.
Cota zero
Stop!
A vida parou
Ou foi o automóvel?
Hipótese
E se deus é canhoto
e criou com a mão esquerda?
Isso explica, talvez, as coisas deste mundo.
Referencias
1: http://www.carlosdrummonddeandrade.com.br/vida.php
2: BOA companhia: haicais. São Paulo: Companhia das letras, 2009. 189 p.
3: http://veja.abril.com.br/230909/traco-poeta-p-136.shtml
Carlos Crummond de Andrade para Cora Coralina em 14 de julho de 1979:
ResponderExcluirAdmiro e amo você como a alguém que vive em estado de graça com a poesia. Seu livro é um encanto, seu verso é água corrente, seu lirismo tem a força e a delicadeza das coisas naturais. Ah, você me dá saudades de Minas, tão irmã do seu Goiás! Dá alegria a gente saber que existe bem no coração do Brasil um ser chamado Cora Coralina.
Texto da 4ª capa de Poemas dos Becos de Goiás e Histórias Mai (global editoda, 9º editora)