Viajantes Interplanetários

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

DIA DE CHUVA


A chuva continua cair, meus sapatos ainda estão molhados, minha tristeza é oculta. Entretanto, a chuva continua cair. Nas ruas e calçadas, há poças d’água. Há mágoas em meu coração...
E o vento que sopra frio e forte, te levas para longe, tão longe que não posso ver. Pois levas também, os teus singelos passos ao quadrado.
Então, sinto esse frio, sinto você  distante de mim. Tão distante quanto um mar que não posso ver, mas que sinto aqui bater, como ondas na praia...
Queria ao menos, um pouco de ti.  E um pouco que seja me bastaria...
Entretanto, a chuva continua  cair, cai sobre mim, molha o meu rosto, caricatura de um poeta esquecido e rasurado. Pois há tempos me perdi, e dentro de mim, já não me encontro mais.
Pois preciso do seu abraço pra me aquecer, do seu corpo pra me abrigar, preciso das suas ruas pra eu correr, das suas estrelas pra eu contar e em remotas chuvas, longas e tristes, me resta por enquanto apenas, o estio do seu olhar...
Enquanto a chuva continua a cair...
Eu penso em você...
E sei apenas de uma coisa...
Quero mesmo, muito mesmo, poder te amar. Por labirintos e alçapões, e por janelas que escorrem...
Quero te amar.
Mesmo que não se importe, que não diga nada ou que nem ligue.
Quero te amar...
E lá fora, enquanto a chuva continua cair...
Me afogo nesse querer.
Mas ela cai...
Continua cair e cai, e inunda meus olhos, e penso em você.
Eu só penso em você.



         

Um comentário:

  1. E deste querer, nasce um texto de uma pintura linda! Se puder, me visite e seja um membro, para ajudar na divulgação do meu humilde e novo espaço. Abraços, Lucian (http://www.poemasintrovestidos.blogspot.com.br/)

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