Viajantes Interplanetários

sábado, 6 de abril de 2013

NO ALTO DO BIGODE

                                       (A Fred Caju)

Bendita hora que faltou luz,
Lá no Alto do Bigode,
Demorou um mês para voltar,
E um menino, entediado, não tinha o que fazer,
Era o único que estudava no contraturno,
Não viu Cavaleiros do Zodíaco,
E sua mãe perdeu a novela

Naqueles dias de marasmo, sem poder sair de casa,
Devorou cada linha dos treze volumes
Dos romances da pós-revolução francesa,
Empoeirados na estante velha
E, às vezes, a luz da vela,
Concluía as últimas linhas
De um livro de Alexandre Dumas

Bendita hora que a escuridão fez a noite,
Que cessaram os televisores e os aparelhos de som,
Que muita gente reclamou a Celpe
E outros fizeram protesto

E aquele menino, lá do Alto do Bigode,
Ainda não tinha ideia, que naquele exato momento,
O sol iluminava um poeta!


(Lucas Holanda)



E você aí vacilando sabendo que hoje tem

 

4 comentários:

  1. Limerique

    Noite escura como pena de urubu
    Em Alto Bigode nascia Fred Caju
    Mas surgiu uma lua
    Com sua luz crua
    A qual iluminou o olho do seu cu.

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    Respostas
    1. Limerique

      Fred Caju poeta como não se via
      Que compõe versos com maestria
      O homem é monumento
      Em pleno alumbramento
      Na verdade Cajuino caga poesia.

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