Bendita hora que faltou luz,
Lá no Alto do Bigode,
Demorou um mês para voltar,
E um menino, entediado, não tinha o que fazer,
Era o único que estudava no contraturno,
Não viu Cavaleiros do Zodíaco,
E sua mãe perdeu a novela
Naqueles dias de marasmo, sem poder sair de casa,
Devorou cada linha dos treze volumes
Dos romances da pós-revolução francesa,
Empoeirados na estante velha
E, às vezes, a luz da vela,
Concluía as últimas linhas
De um livro de Alexandre Dumas
Bendita hora que a escuridão fez a noite,
Que cessaram os televisores e os aparelhos de som,
Que muita gente reclamou a Celpe
E outros fizeram protesto
E aquele menino, lá do Alto do Bigode,
Ainda não tinha ideia, que naquele exato momento,
O sol iluminava um poeta!
(Lucas Holanda)
E você aí vacilando sabendo que hoje tem
Limerique
ResponderExcluirNoite escura como pena de urubu
Em Alto Bigode nascia Fred Caju
Mas surgiu uma lua
Com sua luz crua
A qual iluminou o olho do seu cu.
Gaiato é aí!
ExcluirLimerique
ExcluirFred Caju poeta como não se via
Que compõe versos com maestria
O homem é monumento
Em pleno alumbramento
Na verdade Cajuino caga poesia.
Bela poesia.
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