Viajantes Interplanetários

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Tropicalea Jacta Est

Parassá penteu escuta cá
Parassá penteu escuta aqui
Quando Baco bicou no barco
Tinha Pigna, Campos in
Celso Zeopardo
Matinê par’o delfin
Vi, vi, vi


Dois que antes da cela - da ditadura
Deram a vela / da nossa aventura
Barqueiro meu navegador
Pa-ra-rá conjectura logo nosso primeiro
Computador / computador
(No disco do Sinatra, a viagem começa no século VIII, quando o zero invadiu nossos avós. Mas voltamos aos anos 60.)


Era urgente / sair da tunda
Levar a gente / para a Segunda
Revolução Industrial
Pa-ra-rá capacitados
para a nova folia:
Tecnologia
Tecnologia.


Domingo no parque sem documento
Com Juliana-vegando contra o vento
Saímos da nossa Idade Média nessa nau
Diretamente para a era do pré-sal.

Torquato Neto / do Piauí
Pinta no verso / do céu daqui
Aquela manhã que se inicia
Desfolha a bandeira e renuncia
Puta filia
Puta filia.
(No disco do Sinatra antes d’os Novos, chegaram outros baianos)

 
Bandeiras no mastro / para o repasto
Em cada gentio / trazia no cio
A fome das feras / naquele jejum
Mas havia quimeras / de coca com rum
Pra cada um / pra cada um



Tom Zé

5 comentários:

  1. Só Tom Zé! Uma viagem psicodélica no tempo.
    Aliás, "psicodélica" é uma palavra perdida no tempo... rsrsr
    Beijos.

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  2. Show, muito show. depois vou olhar os outros blogs, como gosto de poesia escolhi este primeiro. gostei.

    http://eubipolarbuscandoapaz.blogspot.com.br/

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