SOBRE
O FILME V DE VINGANÇA E OS DIAS ATUAIS.
Por:
Célio limA.
“Tá lá o corpo estendido no chão Em vez de rosto a foto de um gol Em vez
de reza a praga de alguém
E um silêncio servindo de amém O bar mais perto depressa lotou Malandro junto com trabalhador
Um homem subiu na mesa do bar E fez discurso pra vereador Veio camelô vender Anel, cordão, perfume barato Baiana pra fazer pastel E um bom churrasco de gato Quatro horas da manhã Baixou o santo na porta bandeira E a moçada resolveu Parar, e então... Tá lá um corpo estendido no chão
Em vez de rosto a foto de um gol Em vez de reza a praga de alguém E um silêncio servindo de amém
Sem pressa foi cada um pro seu lado Pensando numa mulher ou num time Olhei o corpo no chão e fechei
Minha janela de frente pro crime (...) Tá lá um corpo estendido no chão” (João Bosco)
E um silêncio servindo de amém O bar mais perto depressa lotou Malandro junto com trabalhador
Um homem subiu na mesa do bar E fez discurso pra vereador Veio camelô vender Anel, cordão, perfume barato Baiana pra fazer pastel E um bom churrasco de gato Quatro horas da manhã Baixou o santo na porta bandeira E a moçada resolveu Parar, e então... Tá lá um corpo estendido no chão
Em vez de rosto a foto de um gol Em vez de reza a praga de alguém E um silêncio servindo de amém
Sem pressa foi cada um pro seu lado Pensando numa mulher ou num time Olhei o corpo no chão e fechei
Minha janela de frente pro crime (...) Tá lá um corpo estendido no chão” (João Bosco)
V é um filme que me proporcionou bons momentos
de reflexão e de contemplação com a arte. Primeiro por frisar a importância
“d’ma ideia”. Não existe ideia morta. Ela sempre poderá ser utilizada na práxis
política, ideológica. Em segundo por este filme demonstrar assim como no
filme\livro “1984”, o poder maléfico do estado que para perpetuar-se tende a
manipular o povo midiaticamente e de se tornar o inimigo deste mesmo, a ponto
de cometer atos de crueldades, terrorismo para a criação de uma pratica “pedagógica”,
d’ma filosofia do medo. Alienar e “medrificar” as massas para um “total”
controle do próprio estado. Em terceiro por este filme proporcionar
contemporaneamentefalando um dialogo com esses dias, dias de manifestações no
Brasil, Síria, Egito e em outros cantos do planeta terra,
estado\espionagem\tecnologia, internet, primaveras árabes, paulistana, a não
violência a serviço do estado e a propaganda pela ação como sugerem alguns
grupos e teóricos anarquistas.
Talvez
eu não tenha nada a esclarecer, mas trago mais questionamentos e ofereço alguns
olhares sobre esse panorama a priori. Meses atrás me deparei com um
documentário sobre a criação de mitos para garantir a coesão social. Esse doc
fasia uma analise entre o pensamento de Leo straus e o de Ktub (http://www.youtube.com/watch?v=M7yoMuccBu8)
um outro que já vira no
passado e que também remetia em uma de suas partes a essa criação de pânico em
nome do estado é o Zeitgeist (http://www.youtube.com/watch?v=5R_Vm2wCQj4). Com esses doc’s eu tivera uma suspeita do poder do medo para
amedrontar uma sociedade como a americana, uma das poucas que tem em si o uso
de armas que poderia ser utilizadas interessantemente numa revolta do povo
contra o estado. Interpretei também como essa propaganda do terror fora
utilizada a benefício da reeleição de um presidente etc.
Outra
coisa interessante que lera esses dias fora um texto do dia um desse mês
corrente no site do PSTU –Uma polemica com os Black Blocs (http://www.pstu.org.br/node/19855). Em contraponto a essa matéria eu
surgirei; “Anarquista defendem Black Blocs e afirma que a “resistência real” é
necessária(http://noticias.r7.com/internacional/anarquista-defende-black-blocs-e-afirma-que-a-resistencia-real-e-necessaria-14082013)). Alem desse dialogo proponho a
leitura dos livros: “Como a não violência protege o estado – Peter Gelderloos”,
“A ajuda mutua - Kropotkin”. Pra encerrar faço minhas as palavras do Raulzito
na canção “Os números”, “Eu falei de “tantas coisas”, talvez esqueci algum(A),
mas as coisas que eu disse, não são lá muito comuns, quem souber que conte
outra ou que fique sem nenhum(A)”.
“Ainda em algumas partes há povos e
rebanhos; mas entre nós, irmãos, entre nós há Estados. Estados? Que é isso?
Vamos! Abri os ouvidos, porque vos vou falar da morte dos povos. Estado
chama-se o mais frio dos monstros. Mente também friamente, e eis que mentira
rasteira sai da sua boca: “Eu, o Estado, sou o Povo”. É uma mentira! Os que
criaram os povos e suspenderam sobre eles uma fé e um amor, esses eram
criadores: serviam a vida. Os que armam laços ao maior número e chamam a isso
um Estado são destruidores; suspendem sobre si uma espada e mil apetites. Onde
há ainda povo não se compreende o Estado que é detestado como uma transgressão
aos costumes e às leis. Eu vos dou este sinal: cada povo fala uma língua do bem
e do mal, que o vizinho não compreende. Inventou a sua língua para os seus
costumes e as suas leis. Mas o Estado mente em todas as línguas do bem e do
mal, e em tudo quanto diz mente, tudo quanto tem roubou-o. Tudo nele é falso;
morde com dentes roubados. Até as suas entranhas são falsas. Uma confusão das
línguas do bem e do mal: é este o sinal do Estado. Na Verdade, o que este sinal
indica é a vontade da morte; está chamando os pregadores da morte. Vêm ao mundo
homens demais, para os supérfluos inventou-se o Estado! Vede como ele atrai os
supérfluos! Como os engole, como os mastiga e remastiga!“Na terra nada há maior
do que eu; eu sou o dedo ordenador de Deus” — assim grita o monstro. E não são
só os que têm orelhas compridas e vista curta que caem de joelhos! Ai! também
em vossas almas grandes murmuram as suas sombrias mentiras! Aí eles advinham os
corações ricos que gostam de se prodigalizar! Sim; adivinha-vos a vós também,
vencedores do antigo Deus. Saístes rendido do combate, e agora a vossa fadiga
ainda serve ao novo ídolo! Ele queria rodear-se de heróis e homens
respeitáveis. A este frio monstro agrada-lhe acalentar-se ao sol da pura
consciência. A vós outros quer ele dar tudo, se adorardes. Assim compra o
brilho da vossa virtude e o altivo olhar dos vossos olhos. Convosco quer atrair
os supérfluos! Sim; inventou com isso uma artimanha infernal, um corcel de
morte, ajaezado com adorno brilhante das honras divinas. Inventou para o grande
número uma morte que se preza de ser vida, uma servidão à medida do desejo de
todos os pregadores da morte. O Estado é onde todos bebem veneno, os bons e os
maus; onde todos se perdem a si mesmos, os bons e os maus; onde o lento
suicídio de todos se chama “a vida”. Vede, pois, esses supérfluos! Roubam as
obras dos inventores e os tesouros dos sábios; chamam a civilização ao seu
latrocínio, e tudo para eles são doenças e contratempo. Vede, pois, esses
supérfluos. Estão sempre doentes; expelem a bílis, e a isso chamam periódicos.
Devoram-se e nem sequer se podem dirigir. Vede, pois, esses adquirem riquezas,
e fazem-se mais pobres. Querem o poder, esses ineptos, e primeiro de tudo o
palanquem do poder: muito dinheiro! Vede trepar esses ágeis macacos! Trepam uns
sobre os outros e arrastam-se para o lodo e para o abismo. Todos querem
abeirar-se do trono; é a sua loucura — como se a felicidade estivesse no trono!
— Frequentemente também o trono está no lodo. Para mim todos eles são doidos e
macacos trepadores e buliçosos. O seu ídolo, esse frio monstro, cheira mal;
todos eles, esses idólatras, cheiram mal. Meus irmãos, quereis por agora
afogar-vos na exalação de suas bocas e de seus apetites? Antes disso, arrancai
as janelas e saltai para o ar livre! Evitai o mau cheiro! Afastai-vos da
idolatria dos supérfluos. Evitai o mau cheiro! Afastai-vos do fumo desses
sacrifícios humanos! Ainda agora o mundo é livre para as almas grandes. Para os
que vivem solitários ou aos pares ainda há muitos sítios vagos onde se aspira a
fragrância dos mares silenciosos. Ainda têm franca uma vida livre as almas
grandes. Na verdade, quem pouco possui tanto menos é possuído. Bendita seja a
nobreza! Além onde acaba o Estado começa o homem que não é supérfluo; começa o
canto dos que são necessários, a melodia única e insubstituível. Além, onde
acaba o Estado… olhai, meus irmãos! Não vedes o arco-íris e a ponte do
Além-Homem?”(Assim falava Zaratustra, Friedrich Nietzsche).
OBS: Célio limA. (ATIVISTA CULTURAL) É filosofo por natureza; anarquista por
tesão e poeta por diversão. Membro fundador dos movimentos literanarkos:
A
Sociedade dos Filhos da Pátria; A Liga Espartakista-Sempre Mais!!!. Atua nos Blogs: http://salveopoetasalve.blogspot.com.br/http://sexopoemaserocknroll.blogspot.com/http://poetasdemarte.blogspot.com/ http://tribunaescrita.blogspot.com/
Boa reflexão
ResponderExcluir