As formalidades e clichês sociais vez por outra me colocam em posição de constrangimento. “Oi, prazer! Meu nome é...” é uma das piores para mim. Entre antissocial e tímido, fico com os dois rótulos, mas o buraco é mais embaixo... Há quem se orgulhe de ter o marco de espaço/tempo de cor. “Conheci fulanx tal dia, tal hora, tal lugar”. E daí?
Relacionamento não se faz por decreto. Prefiro deixar a fronteira sem cercas, a sensação que tenho é que assim preciso lutar diariamente para firmar o meu lugar. Gosto de ter a ilusão de que tudo está apenas no começo, em constante estado de apresentação mútua.
Fico com a impressão que minhas melhores viagens eu peguei com o bonde andando. Pegá-lo no terminal não me trouxe nada além de ansiedade.
Não faço a menor ideia do que determinei como meu primeiro poema, por exemplo. Ninguém me apresentou à poesia, continuo agindo como se só a conhecesse de vista, em fila de banco ou com algum amigo distante em comum.
Sei que marcos são inevitáveis mas, porra, se for para colocá-los em tudo e em todos, melhor torná-los inviáveis.
Fred Caju
E é bem assim...entre um bonde e outro temos muita coisa pra contar...
ResponderExcluirDesejo-lhe um lindo final de semana.
bjs
Joelma
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLimerique
ExcluirSe é bonde parado não vai passando
Sem um começo ou fim vai ficando
Contudo Fred Caju
Poeta bom prá chuchu
Prefere apenas bonde andando.