Viajantes Interplanetários

sábado, 26 de abril de 2014

CASTANHA MECÂNICA no ar:


drops pop traz à baila uma reunião de poemas assíduos ao papel, tira das estantes, bate a poeira dos livros, e como quem leva os filhos a um passeio instigante e desconhecido, solta-os livres e leves nessa plataforma de viagens super-sônicas: o virtual. Que suas virtudes sejam propulsoras e testemunhas dessa nítida fotografia de uma trajetória poética.

* * *

Confira um pouco da obra drops pop:


SE

se for preciso
eu até rimo
amor com dor,
mas
sol se preciso flor.



CALMARIA

ando
tão pacífico,
um surto absorto;

meu mediterrâneo
é um mar
morto.



ARDOR É SER

a minha dor
comete
um novo engano
a cada dia.

que faço eu
dessa ferida
aberta,

que quanto mais
se aperta,
mais sai poesia?



SAUDADE

chega
a
noite

meço
a
dor

e
ador
meço



de que
me adianta
saber
se há vida
em marte
quando
já tive
a sorte
de saber
que há vida
em morte


Adquira aqui: http://www.castanhamecanica.com.br/acervo.php?id_not=58

Um comentário:

  1. Pastiche

    Não preciso, mas se eu preciso for
    Duma ferida um poema então faço
    E até sem engano mas com ardor
    Estreito e aperto muito mais o laço.

    De que me adianta saber portanto
    Se haverá ou não vida em marte
    Pois isso nada me traz, enquanto
    Nada posso lhe oferecer ou dar-te.

    Quando a noite chega adormeço
    E tudo que passou durante o dia
    No meu sonhar profundo esqueço.

    E a cada amanhecer com alegria
    Vivo novamente o que eu mereço
    Coloco meu sentimento na poesia.

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