drops pop traz à baila uma reunião de poemas assíduos ao papel, tira das estantes, bate a poeira dos livros, e como quem leva os filhos a um passeio instigante e desconhecido, solta-os livres e leves nessa plataforma de viagens super-sônicas: o virtual. Que suas virtudes sejam propulsoras e testemunhas dessa nítida fotografia de uma trajetória poética.
* * *
Confira um pouco da obra drops pop:
SE
se for preciso
eu até rimo
amor com dor,
mas
sol se preciso flor.
CALMARIA
ando
tão pacífico,
um surto absorto;
meu mediterrâneo
é um mar
morto.
ARDOR É SER
a minha dor
comete
um novo engano
a cada dia.
que faço eu
dessa ferida
aberta,
que quanto mais
se aperta,
mais sai poesia?
SAUDADE
chega
a
noite
meço
a
dor
e
ador
meço
de que
me adianta
saber
se há vida
em marte
quando
já tive
a sorte
de saber
que há vida
em morte
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Pastiche
ResponderExcluirNão preciso, mas se eu preciso for
Duma ferida um poema então faço
E até sem engano mas com ardor
Estreito e aperto muito mais o laço.
De que me adianta saber portanto
Se haverá ou não vida em marte
Pois isso nada me traz, enquanto
Nada posso lhe oferecer ou dar-te.
Quando a noite chega adormeço
E tudo que passou durante o dia
No meu sonhar profundo esqueço.
E a cada amanhecer com alegria
Vivo novamente o que eu mereço
Coloco meu sentimento na poesia.