Viajantes Interplanetários

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Soneto da Negação - Filipe Melo

Quero poder moldar a poesia

Construí-la ao meu modo de ser

Poesia capaz de entender

O porquê de tanta paralisia.

Não quero que a nobre burguesia

Me diga a forma certa de escrever.

Não quero, as palavras, espremer

Criar um poema-fantasia.

Quero os becos da poesia marginal,

Proclamada do alto dos coretos

Poesia nua, crua, animal

Distribuída em um único panfleto.

Um poema que não soe arte-final,

quero a poesia que não cabe num soneto.


Nenhum comentário:

Postar um comentário