Viajantes Interplanetários

sábado, 15 de janeiro de 2011

OS TEIMOSOS E A POESIA DO CONTRA

Porque poesia e teimosia andam lado a lado

Dar murro em ponta de faca, às vezes não é burrice. É necessário. Não é porque vou esmurrar a lâmina que vou com punho nu. Aí sim, seria burrice. Aquele menino, como é mesmo o nome dele? Ah, Drummond! Drummond disse que um poeta desarmado é, mesmo um ser a mercê de inspirações fáceis, dóceis às modas e compromissos. Portanto, meus nobres, vim dar umas lapadas no facão com o meu arsenal saindo pelas orelhas.
E dessa vez vim muito bem acompanhado. Mercado da Boa Vista, Recife e catinga: palco que começou a ser montada essa aventura. Lubrificava as cordas vocais e devorava castanhas (apenas castanhas, ninguém comeu caju nenhum) na presença de Daniel Everson e Ane Montarroyos, quando surgiu as deliberações mínimas para se compor algo em conjunto chamado OS TEIMOSOS E A POESIA DO CONTRA. Uma pequena grande coletânea reunindo os poemas de nós três.
Saindo do característico odor recifense do Mercado, cada qual foi escrever suas teimosias. Everson, porém, foi à sua cidade-natal, Bezerros, e lá convidou Marcone Santos (Jimmy) para se integrar ao grupo. Ane e eu concordamos. Mas como já conhecia Jimmy, estabeleci uma condição/desafio: entregar algumas ilustrações junto aos poemas. OS TEIMOSOS E A POESIA DO CONTRA agora tinham quatro cabeças e ainda viria ilustrada.
D. Everson abre a coletânea com o sugestivo subtítulo: Cheguei e Não Importa!, explorando o cotidiano recifense (aliás, suburbano de terceiro mundo) juntamente com as suas divagações oníricas e sua constante preocupação com o exercício de ser poeta. Em um jogo psicodélico de poemas e narrativas, Marcone Santos apresenta o seu Labirinto Ocular à obra, com pinceladas de humor e surrealismo; Jimmy, como já foi dito, é responsável pelas ilustrações da coletânea: Vórtex da Teimosia I, II e III. A dama da teimosia, Ane Montarroyos, junta-se aos marmanjos para, literalmente, perfumar a coletânea com o ar da sua graça com a sua paráfrase drummondiana: No Meio do Caminho Tem uma Flor, a hora e a vez da delicadeza se fazer presente através de imagens florais. Eu, Fred Caju, sob um guarda-chuva chamado Fernando Pessoa apareço com a sessão Indesculpavelmente Sujo com o sabor típico dos cajus: doce e rançoso, buscando explorar as estruturas dos poemas e criar uma distribuição similar ao efeito do espelho.
Evidente que isso é apenas uma opinião, tudo que está supracitado pode ser desmentido e derrubado. Então fica o conselho: baixe a coletânea, leia, reflita, me desminta e me processe por propaganda enganosa. Vê que massa: você vai ler uma parada arretada e ainda pode extorquir dinheiro meu com o consentimento da justiça! Mas é bom tomar ciência que para quem golpeia uma peixeira por pura teimosia, dar uma mãozada na cara de um, não é tão difícil. Portanto, processe com classe.
Valeu pela atenção, é só clicar na imagem para baixar o e-book, e quem quiser conhecer mais o pessoal, basta visitar:


Cenário Invisível de Marcone Santos; Lacunas do Tempo de Ane Montarroyos; Cronisias  de Fred Caju, D. Everson e amigos; Sábados de Caju de Fred Caju.

Aquele abraço para deixar todo mundo com noda de caju na camisa!

Fred Caju

Um comentário:

  1. Li todo o seu livro agorinha...Amei. Tem o travo, tem a cica dos cajus...
    E só pra não deixar dúvidas...:
    "Jamais minta que me leu,
    saberei se for verdade;"
    kkkkkkkkkkk
    Grande abraço, elo de cumplicidade na poesia da vida inteirinha, nem que seja do avesso...

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