Calei muitos
anos de calados dezembros,
quando o gosto do champanha azeda
combinava com todas ânsias.
calei muito
e não falaram por mim.
Aprendi sozinho
o que sozinho se aprende
do instante que não se quer
mais que um instante,
e de nós, que nos matamos,
para ser esse instante.
Calei muito
e não fui reclamando:
minha voz não era esperada.
Mas, o que disseram
durante meu silêncio?
Alberto da Cunha Melo
bela elegia!
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