Ninguém escapa da chuva.
Ela que vem vestida de gotas úmidas
E de cor fria.
Ninguém escapa da chuva
A solsticiana molhada:
Engravida a terra
E inunda as cavernas.
Encurrala bebuns
Em longas tabernas.
Dar-se sem um abrir
Ou fechar de pernas.
Vem sempre chorando
E atirando seus espermas
Essa velha conhecida
Da moça primavera.
Invadindo os campos,
Molha de Filipinos a Belgas,
E até os mazelados
Envoltos à favelas.
Até que nós em pele
À grande alegria,
de nos envolvermos
Em morenas frias.
D.Everson 21-06-2006
(do livro Poemas do s(ó)l)
Nenhum comentário:
Postar um comentário