Viajantes Interplanetários

sábado, 11 de fevereiro de 2012

DESENGANO

Toda vez que olho o desengano
Nas frases do canto fosco dessa juventude
Sinto meu sorriso magro,
Meu rosto suado se encarquilhar
E quando franzo a testa,
E sério suo o rosto cor de madrugada
E quando me deprimo e curvo os ombros pra pensar.

Penso nos martírios,
Todos os delírios loucos que vivenciamos
E vejo por quanto anos nos aventuramos querendo voar
Voar pra sair de perto,
De todo deserto desses abandonos,
E constatando o desengano se despedaçar.

Desfeito em pedaços,
Sigo no encalço desse sonho
Vejo meu sorriso magro,
Coração amargo se atrapalhar
Quando franzo a testa,
E sério suo o rosto cor de madrugada
Quando abro os olhos, olhos claros para o mar.


LULA CÔRTES
  

2 comentários:

  1. Boa construção/inspiração nos olhos sobre o mar.

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  2. Parabéns pelo post.
    Esta música ouvi muitas vezes na voz do Lula Côrtes e até hoje me encanta e comove.
    Abraço !

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