Era uma palmeira assobiando ao vento,
Leda, balançando ninhos de canários.
Era da capela o bronze centenário
Embalando o sol vermelho, sonolento.
Era uma mangueira. Era uma cantiga
E uma cigarra, um mugido, um grito.
Era um violão chorando um choro aflito
E um cantochão, uma novena antiga.
Uma monjopina no balcão da venda;
E um caçador multiplicando os feitos.
Uma conversa, um gol, um par de peitos
E uma tocáia, um plano, uma contenda.
Um morcego pendurado à telha;
Uma dona esguelha um gajo na esquina.
No sermão o padre tudo recrimina
E ainda um cheiro de jabá na grelha.
Edvaldo Bronzeado
Era um poeta
ResponderExcluirEmoldurando a noite
Profeta esteta.
Esse poema abduzido rs, é lindo. Muito abrangente, o Edvaldo falou de tudo.Gostei mesmo. Um beijo, Fred!
ResponderExcluirFred, você já leu o livro:"A vida no Planeta Marte e os Discos Voadores", de Ramatis? Abraços!
ResponderExcluirNão conheço, Shirley, mas sendo tão a cara do blog assim, vou anotar essa indicação. Abraços!
ExcluirA noite rotineira
ResponderExcluirdo poeta em insônia
a perceber o desenrolar
da vida noturna.
Muito belo.
Bonito de mais! Parece uma dessas letras do Xangai!
ResponderExcluirHá muita fartura
ResponderExcluirDe eventos notáveis
Na noite escura
Noturno
ResponderExcluirEra um (re)canto
que da boca da noite
ao longe se ouvia.
Linda, linda, poesia!
Bjs.
CURTI ISSO =]
ExcluirESSE É DOS BONS
ResponderExcluirE é Bronzeado viu Everson?
ExcluirNão Prateado! Hahahaha *irmã do mal*
:P
Grande Bronzeado.
ResponderExcluirPoeta porreta que ainda envia cartas para trocar poesias *-*
Arrasou na escolha Caju!
:*
Infelizmente, partiu... Mas permanecerá!
Excluirnão sabia q ele tinha falecido
ExcluirNem eu... :|
Excluir