Viajantes Interplanetários

sábado, 17 de março de 2012

ESCARRO

Ela cuspiu nos meus sonhos
Abriu meu corpo e urinou no meu coração
Ela vomitou na minha alma
Me serviu café com ódio e menstruação

Ela escarrou meu beijo
jogou merda nos meus desejos
Ela envenenou meus olhos
Publicou no jornal os meus segredos

Ela escandalizou meu silêncio
Arrancou pena por pena as minhas asas
Me impregnou com perfume vagabundo
Deixou minha vida com gosto de lágrimas

Ela me fez desejar pra ela
Todas as vergonhas do mundo
Que alguém brinque com o coração dela
E a faça chorar todo segundo

Então escrevi na parede de um banheiro
O seu belo nome
Chamei ela de vagabunda
E deixei seu telefone


                    Anderson Luiz da Silva Moura

12 comentários:

  1. Deixando o humor negro de lado, gostei do fecho do poema. Beijão, Fred!

    ResponderExcluir
  2. Não só escarro
    Na sua cabeça também
    Soltou o barro.

    ResponderExcluir
  3. Para quem gosta
    Ela fez a maior sacanagem
    Te jogou bosta.

    ResponderExcluir
  4. kkkkkkkkkkkkk vingaça ao molho Crespo kkkkkkkkk

    ResponderExcluir
  5. Belo e humano! Poesia emocional (como deve ser) poesia!

    ResponderExcluir
  6. Caro Anderson,

    soube pelas más línguas que a desalmada ficou tristíssima, pois ninguém, absolutamente nínguém, telefonou para ela!

    rsrsrssrs

    Belíssimo escrito!

    ResponderExcluir
  7. olá, sou Anderson luiz e agradeço a todos que gostaram e comentaram o poema, se quiserem me procure no face Anderson Luiz Moura.

    ResponderExcluir
  8. ou procurem meu blog: sabonetesfedorentos@blogspot.com.br

    ResponderExcluir