Viajantes Interplanetários

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Elvis não morreu!

Por: CHINA

Pelo menos para os empresários marqueteiros e músicos que acompanhavam o cantor. Acompanhavam não, ainda acompanham. Pois o rei do rock está de volta, ao vivo, a cores e em carne e (ops!) holograma.

É isso, meu amigo, o holograma de Elvis e sua banda vêm ao Brasil fazer 3 shows em São Paulo, no mês de outubro. Os músicos tocam seguindo a voz do cantor, que também aparece em telões 3D. Mas Elvis já é um veterano em shows post mortem.

A turnê “Elvis Presley in concert” já rodou alguns países e, antes disso, ele já havia se apresentado ao lado de Celine Dion, no American Idol. Pensando na frente, alguns empresários estão querendo fazer um dueto do rei do rock com Justin Bieber. Mas a pergunta é: se Elvis fosse vivo ele gostaria de dividir o palco com esses artistas? Duvido que ele saísse do conforto de Graceland para cantar com o menino Bieber.

Desde que Tupac, morto em 1996, reapareceu em 2012 no palco do Festival Coachella ao lado de Snoop Dogg os empresários dos artistas que já bateram as botas cresceram os olhos para essa tecnologia. Imagina poder ganhar dinheiro em turnês milionárias, sem precisar aguentar o ego e a aura de divindade que os grandes artistas acreditam ter? É só alegria, como diz um amigo meu. Dinheiro no bolso, sorriso no rosto.

Agora tem até fila para virar holograma! Kurt Cobain, Jimmy Hendrix e Michael Jackson estão esperando a sua vez. Especulam-se turnês por todo o mundo, inclusive por lugares onde esses astros nunca passaram quando estavam entre nós. Quer dizer… não entre nós… mas vivos. Ou será que eles sempre foram um holograma para quem é mortal?

Algum dia vou poder ter os heróis do Rock tocando na sala da minha casa? Hoje, por exemplo, no dia do Rock, ia ser bem legal ter um show dos Beatles acontecendo no conforto do lar. Ou, em vez de comprar o bonequinho de Hendrix como souvenir, poderemos comprar o holograma dele solando o hino americano.

Eu enxergo essas inovações tecnológicas com um olho em cada lado da moeda.

Por um lado, os shows holográficos são interessantes para as novas gerações e pessoas que nunca viram seu ídolo de perto, que terão a oportunidade de sentir, mais ou menos, as sensações que rolavam nos concertos. Por outro lado, é um imenso desrespeito com a memória do artista, que perde o poder de decidir com quem quer trabalhar junto, ficando, mesmo depois de morto, nas mãos de empresários que almejam mais e mais encher as suas contas bancárias.

Eu quero é saber quando o negócio virar o contrário: artistas reais e um público de hologramas. Aí, danou-se tudo!

Em tempo: Gilberto Gil não esperou a morte para fazer o seu holograma e cantou com ele mesmo num festival em Belo Horizonte. Por sinal, muito bonito.

9 comentários:

  1. Já pensou o Holograma de Fred Caju Recitando para Justin kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    ResponderExcluir
  2. Pra fazer com que eu entre no clima de shows holográficos só se fosse um do Gorillaz :D
    Diferente disso eu não iria, mas também não condeno quem queira.

    :*

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Shows com cantor e público holográficos já existem há tempos!Nínguém se lembra do Menudo,por exemplo!Aquilo simplesmente não existia!

      P.S.:Pros infernos algum comentarista que aqui disser que não se lembra e eu estou velho!

      Excluir
    2. hahahaha, Ih Cristiano, quero ir pro inferno não, mas Menudo não é do meu tempo :P

      Excluir
    3. rapa Menudo é foda kkkkkkkkkkkkkkkkkk Holograma nem nem

      Excluir
  3. Limerique

    Não sei porque fazer esse drama
    Se não quer grana vá comer grama
    Elvis com Pixinguinha
    Sinatra e Emilinha
    Passado e presente, é holograma!

    ResponderExcluir