Viajantes Interplanetários

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Canção dos Ventos

(Poema dedicado ao amigo e irmão David Galindo)

Hoje, estou eu descobrindo novos caminhos
E aos poucos plantando minhas poucas sementes
Pessoas por mim passam e com muito carinho
Expõem o que de mais íntimo existem em seus corações e mentes.

Hoje, estou eu a explorar o teu olhar
Camadas e mais camadas de pura percepção
Coisas que existem e estão ao teu alcance
Corre, vai atrás, segurar bem firme com uma de tuas mãos.

Com a outra mão, tenta mudar o mundo
Seja artista e ao mesmo tempo uma parte do espetáculo
Quando possível, tente ser todo o espetáculo
Seja apenas luz ao invés de estrela.

Vai, deixa de bobagem, me chama de teu irmão
Cuidemos sempre um do outro
E também uns dos outros
Cuidemos de tudo aquilo que nos faça bem.

Vem, caminha ao meu lado
Deixa pra trás teu pouco passado de fome e sede
Deita teu corpo pelo mundo
Vamos nos unir através do caminho da simplicidade.

A felicidade se expande em todas as direções
É inevitável tentar fugir dela
A dor em toda sua aquarela
Tanto intimida como acomoda.

Escolhe a dor, e ainda assim estarás prestes a ser muito feliz
A felicidade é inevitável
Esquece, você jamais poderá fugir dela
Ela está dentro de você, e nada poderá mudar isso.

Tenta outro verso, outra rima
Mesmo que nada pareça fazer sentido
Em algum momento tudo se encaixará.

Mude as estrofes, troque o sim pelo não
tente falar tudo o que sente em duas linhas.

Saiba que você conseguirá!!!

Mesmo que te falte assunto, idéia, razão
Mesmo que pra tí tudo acabe aqui
Em um outro dia, em um outro lugar
Você voltará e simplesmente continuará...



J. Marcelo Barbosa*


*poeta bezerrense

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