Viajantes Interplanetários

domingo, 7 de outubro de 2012

Haicais Etílicos

        Caros amigos e leitores que eventualmente passam por aqui pra ver o que anda rolando no planeta vermelho e poético, hoje eu tenho a honra de escrever linhas nesta coluna, de uma forma com a qual eu nunca me atrevi a fazer. Usando de toda sinceridade, uma das minhas poucas , porém grandes qualidades, sem querer ser ostentador de suposta canonização, muitíssimo pelo contrário, preencho essa coluna após ter passado por momentos difíceis de saúde e também de tensão por conta de avaliações que me foram feitas no mestrado do qual estou incluso e orgulhoso, haja vista que faço parte de um grupo honrado que compõe, humildemente, o Instituto de Matemática Pura e Aplicada, no Rio de Janeiro. Contudo não é essa a razão do ineditismo, e sim da minha condição atual, a essa hora da madrugada, sozinho no sofá de minha sala, após ter me despedidos de amigos que me fizeram a gentileza de passar breves e ótimos momentos em minha casa. Lógico, como não poderia deixar de ser, digito essas letras que formam o texto, demasiadamente influenciado por talvez uns zil por cento de teor alcoólico circulando em minha corrente sanguínea. Isso , para quem é apreciador de uma boa cerveja gelada num sábado no qual seu time logra êxito pelo campeonato brasileiro, é uma tremenda alegria e paz. Sim, dessas cujas quais você se lembra com grande prazer em conversas futuras com aqueles que lhe são caros.
         Ouvi hoje, entre pausa de meus singelos acordes de um violão que teima em tocar bossa nova, coisas curiosíssimas, das quais gostaria de retratar em haicais etílicos, visto que foram feitos agora, precedidos de 20 ou 25 latas bem geladas de cerveja( foi quando eu parei de contar) e pus-me, ou quem sabe melhor seria dizer "atrevi-me", a compor e publicar na órbita rubra e inquietante do nosso poético planeta.

Minha cunhada

Essas novelas
diz que a vida tem coisas
feias e belas


Minha mulher

Não somos nada
pois do nada viemos
Triste jornada!

Minha sogra

Podre escória
que terei de eleger!
A mesma história

        Caros internautas que comungam do prazer de passear na blogosfera, concordem comigo, pois não há discussão quando o assunto é amor, seja ele do tipo e do nível que se tenha presentemente.
       Há poucos dias, tive a triste e dolorida que, meu irmão, assim o chamo pelo imenso grau de amizade que cultivamos durante mais de vinte anos, decidiu se afastar de mim, por conta de desentendimentos de sua nova família para comigo.
      Longe de mim querer fazer desse espaço um diário e sobrecarregá-los com problemas que são exclusivamente meus e, porque não mencionar, dado que de longe devo ser o dono da eterna e proeminente Verdade, tenham sido consequências de atos meus. Mas a partir de hoje, devo confessar a todos que levo comigo um shaeskespiriana tristeza num dos nacos necrosados desse meu coração.
    Talvez eu esteja transpondo esse meu icontentamento nessas linhas por conta das inúmeras tulipas que já ingeri, mas sem dúvida creiam: nada há de mais desolador que a perda de uma amizade que você cultivou como se ela transpusesssem os limites da imortalidade.

     Ao meu grande amigo, cujo qual certamente ainda hei de perdoar e voltar a abraçá-lo como irmão que sempre o considerei, dedico meu derradeiro haicai, desculpando -me com todos pelo papo de bêbado(não estou tão alto assim, é bem verdade) que hoje publico.


Amigo

Perdoar, já fiz!
aguardo-te, amigo
vendo-te feliz



Muita Paz a todos!

3 comentários:

  1. Limerique

    Poeta amargurado em si bemol
    Tomou trocentas latas de Skol
    Está arrependido
    Não por ter bebido
    Mas por ter molhado o lençol.

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  2. Limerique

    Bebeu todas o poeta amargurado
    Bebeu tanto que andava de lado
    Porque perdeu amigo
    Se impôs um castigo
    Bebeu muito até ficar mamado.

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  3. Gostei do seu blogue: muito simpático e muito interessante. Prometo voltar. Abraços

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