Nunca ganhei uma guerra de peidos contra o meu
primo Dezinho Catôta (ele era o campeão dessas disputas, o medalha de ouro, na infância
e puberdade). Naquela época, ele e outra prima minha (irmã dele) moraram lá em casa
durante uns três anos. Depois eles foram morar em Arapiraca (AL).
Eu usava o artifício de, na noite anterior, deixar
fora da geladeira uma porção de batata doce e feijão mulatinho (cozinhado com charque
velha), além de alguns ovos fritos. Ao meio-dia, almoçava esse “coquetel” medonho,
semi-azedo, e esperava a noite chegar. A “guerra” ficava acertada para começar
às oito da noite. A gente entrava no quarto (onde dormíamos num beliche) e
fechávamos as portas. Cada um soltava um peido, e esperava pela reação do outro
primo. Este então, após passar o fedor, soltava o seu. E assim por diante, até
que um dos dois primos avisasse que não estava agüentando, e pedisse para sair do
quarto.
Como eu disse, nunca ganhei uma guerra de peidos
contra o meu primo Dezinho. Havia algo de horrivelmente podre no intestino
dele. E ele nem precisava comer o “coquetel” medonho. Bicho danado!!!
* * * *
2. ACIDENTE NA
RODOVIA (narrado por Dezinho adulto)
Tinha uns índio fazendo pedajo numa BR do Maranhão.
Aí chegou um motoquêro e num quis pagá. E os índio tacaro bala nele. Mais o motoquêro
era delegado e tava armado, e tacou bala nus índio também. Foi um tiroteio arretado.
Ficaro baliado o delegado e três índio. Ninguém morreu. E os índio que não fôro
baliado corrêro pra dento du mato. Depois chegou a pulícia, e levaro os firido
pru hospital. Até agora num teve depoimento de ninguém.
* * * *
3. BATE-PAPO
COM DEZINHO (jovem)
EU: Ela era mesmo gostosa?
ELE: Era uma bicha bôa arretada.
EU: Mas por que você não conseguiu comêla?
ELE: Ela só dava pra burguês, general, artista
famoso.
EU: Você é um conquistador fraco.
ELE: E tu é um côrno fulêro.
EU: Pensei apenas em tentar entender o problema
antropológico.
ELE: Antropológico de cu é rôla.
Zé de Lara, in Miscelânea Estapafúrdia lá no CASTANHA MECÂNICA.
kkkkkkkkkkkkkk de mais. Bicho grosso da porra. Só conhecendo Zé para saber que ele é digno de escrever uma proeza gasificada dessas hahahahahahahaha
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