Viajantes Interplanetários

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

O MERCADO EDITORIAL E O SILÊNCIO REACIONÁRIO


Sabe o seu autor transgressor predileto? Sim, aquele que desestabiliza o status quo a cada parágrafo ou verso? Há uma grande chance dos olhinhos dele serem fechados para a questão editorial.

Há quem nunca tenha sentido náuseas da relação autor x editora. Nunca tenha contestado o pagamento de 10% (às vezes até 5%) dos direitos autorais — que mormente não vem em tostões, mas em exemplares — ou nunca tenha se preocupado com a livraria abocanhando 50% (ou mais) do preço de capa do livro. E por que esse silêncio persiste?

Geralmente há uma relativa estabilidade financeira dos autores através de uma profissão paralela que garante o sustento do autor e lhe permite um tempo vago para escrever. Um belo reforço para o tão gasto e ainda constante “não se vive de literatura”. Se a mesa é posta com o honorário de outro trabalho pra que perder tempo com questões menores?

O status de escritor é mais importante que o dinheiro. Quanto você paga pra ver seu livro na maior livraria do país, coleguinha? A áurea do ofício não isenta nenhum indivíduo. Eu já disse: mercado é mercado, não uma mãe. Mas isso não legitima que todo mundo precisa ser um filho da puta.

Não se enganem, serão eles os primeiros a torcer o nariz para quem “vive de literatura” com panfletos e zines na rua. Serão eles os primeiros a defender a cadeia do livro do jeitinho que está. Serão sempre eles.



4 comentários:

  1. Será que alguém ainda ira perguntar por que livro é tão caro, e poeta\autor tão desvalorizado? É muito filho da puta pra pouco corno nesse mundo do cão!

    ResponderExcluir
  2. Sou autor, tenho três livros publicados e até hoje só PAGUEI para ter meus livros em prateleiras. Eles querem que a gente se foda. Eles que vão tomar naquele lugar!

    ResponderExcluir
  3. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Limerique

      No belo Patropi cultura é caca
      Editor de livros só mete a faca
      - Se há algum dinheiro!
      - Minha caixa primeiro!
      Pois autor tem cara de babaca.

      Excluir