Depois de uma temporada afastado por motivos de saúde eis
que volto ao solo marciano divulgando mais uma vez meu vagar por aí:
Depois de um belo tempo sem ver
meu, digamos, mais jovem amigo Fred Caju, que na ocasião me convidou para fazer
um livro em seu projeto... Pois é! Muitas folhas rolaram em três anos e nosso
papo no Bar Central em noite mui charmosa de agosto (2013) foi sobre a 2ª fase
do projeto Castanha Mecânica.
De onde surgiu essa ideia de
editorar livros virtuais?
Surgiu
mesmo para não encher o saco de ninguém. Ou melhor, encher o mínimo possível.
Começou com a minha própria produção. Nunca fui de mostrar poemas aos poucos
porque nunca fui de escrever poemas soltos. Fiz isso durante três anos, depois
comecei a me preocupar com alguma unidade dentro do que eu fazia. Aí quando
tinha, sei lá, quinze poemas pra mostrar soltava num arquivo só. Como sou chato
com a estética do poema na folha em branco passei a ter mais cuidados, aos
poucos aquilo vinha se tornando e-book que eu mandava pra minha lista de
e-mail. Depois vieram os blogs e tal.
Saudoso Caju quais suas
pretensões com essa mudança de foco econômico na fase nova da Castanha
Mecânica?
Não tenho a mínima
pretensão de transformar o projeto em mais um concorrente de mercado para
ninguém. Só não dá mais para fechar os olhos para a demanda que existe de novos
autores e leitores do livro virtual. O Castanha Mecânica é uma alternativa ao
mercado editorial, não a solução desse embróglio misterioso. Acredito que
baixar a cabeça ao Estabelecido ainda é a melhor alternativa para colher
frutos. Mas procuro ficar com meus olhos erguidos, o projeto busca justamente
autores com essa proximidade ideológica.
Qual a diferença da Castanha
Mecânica para outros projetos, editoras e afins que já estão no ar, sobretudo
aquela americana que anda devorando o mercado tal qual um Godizila?
Por
mais romântico que isso se pareça, eu acredito nos autores que trabalho ou
pretendo trabalhar. Não exijo exclusividade de nenhum, quer fazer o livro
conosco, ótimo. Quer vender por conta própria, tudo bem. Colocar numa
prateleira concorrente, vá em frente. Sempre continuaremos acreditando na livre-iniciativa dos autores e na
divulgação da poesia. Monetarizar o projeto, em absoluto, não quer dizer que o
foco foi perdido. A ideia de preço e valor continua presente. E sim, daremos
preço ao que valorizamos. Por que não?
Que tipos de livros vossa
senhoria irá editorar? Poesia? Romances?...
Sempre
terei um carinho especial à poesia. Quero que aquela castanha envolta numa
engrenagem sempre seja associada a poemas. O time dos autores que convidarei
não são apenas poetas, porém. Literatura será o carro-chefe, mas não anularei a
possibilidade de trabalhar com outros gêneros.
Esse projeto conta com toda uma
equipe, ou, por enquanto é você que está labutando solitário?
Eu
nunca estive sozinho, na verdade. Nunca mesmo. Sempre trabalhei com várias
mãos. Apesar de sempre ter gostado de fazer as coisas da capa ao ponto final do
livro. O projeto cresceu e naturalmente terá gente qualificada pra trabalhar
comigo. Uma das novidades é que prestaremos vários serviços em relação ao livro
virtual. Assim como nos livros, procuraremos trabalhar com preços abaixo do
burocratizado mercado editorial. É muito mais a busca por parcerias que uma
relação capitalista "pague e leve".
Esse projeto continuará no
endereço virtual antigo ou a loja ganhou um site?
Estaremos
de casa nova, sim. No endereço: http://www.castanhamecanica.com.br/. Lá tem tudo e mais um
pouco.
Gostaria que você findasse essa
nossa conversa amistosa repassando para os jovens leitores e escritores como se
faz possível editar com a Castanha sonhos em verso e prosa?
É
só entrar em contato através do site e lá tem as instruções para envio de
originais. Passado pelo Conselho o contato será imediato.
PS:
Não fotografamos o momento por que Fred Caju realmente não curte fotos; ainda
estamos esperando a moça do Mercado de São José nos enviar a foto antiga.
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