Acordo para desligar o despertador antes da hora programada. Já não sei quem acorda quem. Gosto da cidade crescendo em ruídos: panelas, pássaros, beijos de bom dia e despedida, chaleiras e o receio de fazer barulho.
O rosnar dos motores no trânsito é quem parece dar o aval que já se pode romper o silêncio. Claro, há resistência. Há quem em movimento inverso, se recolha para o sono naquele instante. De toda forma, é sempre dia de feira, de armar a tendinha para ganhar o pão.
O amanhecer me persegue por horas. Gera desconforto e me força a investigar esse “por quê?” dentro de mim & dos livros. Alteia o sol e cai a noite, mas não encontro respostas. Há um bom tempo que não tenho obrigações rígidas com a rotina. Quem tomar nota como sendo um eufemismo para vagabundagem, não irei me defender.
Finais de semanas e feriados não diferem de dias úteis para mim. Porque mesmo sem saber que respostas me esperam, vejo que a minha quitanda é essa e fica aberta 24h. Não fosse a escrita um trabalho infinito e irrenunciável, investiria em tomates.
Limerique
ResponderExcluirSolitário madrugador esse vate
Mas se puder foge do bom combate
Sabe que tem opção
E pode dizer não
Se quiser troca versos por tomate.
Porra! Me matou de inveja!
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