Viajantes Interplanetários

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Sábados Vadios

Para este Sábado, escolhi falar da VIOLA BEIROA, uma das violas de arame portuguesas.

A viola beiroa tem uma história centenária, masi de 500 anos de uso. Possui, tal como as outras violas de arame portuguesas, forma de 8, e também é conhecida por viola de Castelo Branco, Bandurra. Trata-se de uma viola característica praticamente em toda a região da Beira-Baixa.
A viola beiroa possui 5 ordens de cordas duplas: as duas ordens mais agudas estão afinadas em uníssono e as três ordens mais graves estão afinadas em oitava. Para além disso, a viola beiroa possui mais duas cordas simples, cujas cravelhas estão situadas no fundo do braço, no ângulo que este faz com a caixa. Estas duas cordas são tocadas soltas e têm o nome de requintas.
Existem várias afinações possíveis para a viola beiroa, sendo a seguinte a mais tradicional:
Si3 (uníssono)
Sol3 (uníssono)
Mi3 (uníssono)
Lá2 (com oitava acima)
Mi2 (com oitava acima)
Como outras das suas primas, a viola beiroa esteve à beira da extinção. A dedicação de uma instituição Cultural - A Associação Cultural e Recreativa As Palmeiras -   bem como tocadores a nível individual, de entre os quais se destaca o tocador Alisio Saraiva, que estudou a viola beiroa, arranjou outra afinação, bem adaptada às possibilidades deste cordofone, salvaram este cordofone de grande tradição da morte anunciada.  Hoje em dia pode-se dizer que esta magnífica viola começa a estar de boa saúde.
Fica um pequeno exemplo em vídeo da viola beiroa:




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