CAVALO
Por: Daniel Andrade
Gravado quase que na íntegra pelo próprio Amarante Cavalo é um disco maravilhoso que mostra um músico maduro. Tem uma sonoridade só sua, pois foi gravado com recursos sonoros diferentes do perfeccionismo que ronda as gravações atuais, Cavalo é melancólico (Irene/faixa 4) e ao mesmo tempo intenso (Hourglass/faixa 2). O músico diz que esse disco é uma espécie de diálogo interno consigo.
Como no disco Bloco do Eu
Sozinho mais uma vez o Rodrigo aparece cantando em francês, acho que ele
desenrola bem XD (Mon
Nom /faixa 3). Maná (faixa 5) é parte mística do disco, marca que o Amarante
traz desde o Los Hermanos (vide o Vento). Fall Asleep (faixa 6) “é um canção
de ninar que escrevi para mim mesmo” disse o músico em entrevista a Rollingstone,
e não é que ouvindo a danada agora faz sentido: parece melodia de caixinha de música.
The Ribbon (faixa 7) mais misticismo:
“A woman made blind
”
”
O ruivo parece que gosta de fazer isso na faixa 7, lembra do Vento?
A
faixa 8 “O cometa” é uma espécie de Elegia para, segundo o Rodrigo, seu
melhor amigo – Ericson Pires – quem ele diz ter sido seu professor. E finalmente
a faixa cavalo, talvez a mais mística de todos que já escreveu: segundo ele
fala do duplo, da morte, de ritual. Em I’m my ready (faixa 10) pede para
que escutemos a faixa 7, diz está tratando de um mesmo assunto, de um mesmo
personagem...Para finalizar Tardei (faixa 11) é uma letra que fala de
encontro e despedidas.
Agora
só nós resta ouvir, ou, ouvir mais e captar toda essa energia, toda essa
história por trás do olhar desse galope sonoro.
Ouça aqui: https://soundcloud.com/rodrigoamarante
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