Viajantes Interplanetários

sábado, 5 de maio de 2012

NOTAS PARA UM BREVIÁRIO DE DESENCANTOS


“Uma pessoa escreve não porque tenha algo a dizer,
mas porque tem vontade de dizer algo” (Emil Cioran)

Corre embrulhada junto a mim,
a vertigem de horas e dias.
O sinal de desassossego que
me veio marcado na pele.
Não tenho sorrisos à alvorada.
Não tenho mesura nas frases.
Cada palavra assustada
é o esboço da decadência.
As verdades escorrem no
silencio da incompreensão.
A furiosa dúvida relincha
no horizonte em desequilíbrio.
Enquanto o pasto alimenta
o sono que me encurrala.
Intento o verbo da sedição,
mas detenho parcos vocábulos
e há o oceano que ruge
o sangue deste alvoroço.
O corpo é tão mínimo
Para abrigar tantos vazios.


940º postagem do blog mil e um poemas de Assis Freitas.
   

8 comentários:

  1. E o corpo suporta até onde a alma aguenta.

    ResponderExcluir
  2. Que desencanto?
    Se sublimas as tristezas
    Com esse canto?

    ResponderExcluir
  3. Fred, em marte, em órbita, a poesia gravita no orbe,


    grande abraço, obrigado

    ResponderExcluir
  4. assim que me sinto...

    ResponderExcluir
  5. Que m a r a v i l h o s a poesia de profundos sentires. Adorei!
    Parabéns ao poeta Assis e a você Fred por nos trazer essa pérola em poesia!Beijos

    ResponderExcluir
  6. Noningentésimo quadragésimo poema!!!!Não é para qualquer um!

    ResponderExcluir