Viajantes Interplanetários
sexta-feira, 22 de junho de 2012
ELEGIA
já havia morrido quando nasci
o rio que atravessou a infância
mas ainda assim ficava a olhar
a língua escura que ali corria
restaram os contos de um dia
que nos escorriam em banho
as crianças ao pé do rio morto
miravam o céu à espera da chuva:
seria o encontro das fortes águas
arrastaria as mortes flutuantes
mas a chuva veio e miramos o rio
e ficamos na água azul das alturas
movimentamos o céu por vezes
na enchente das sílabas de águas
as crianças entre o céu e o rio
nunca se banharam rio a dentro
já havia morrido quando nasci
o rio que atravessou a infância
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Limerique
ResponderExcluirO poeta recorda seu rio querido
De uma infância que teria vivido
Derramou chorosas
Gotas lacrimosas
Depois que o rio havia sumido.
*)
ResponderExcluir"Já havia morrido quando nasci
o rio que atravessou a minha infância*.
É belo o poema!
Essa Natureza* por vezes tão triste...
Obrigada por partilhares.
Beijinho, da Mery*;
tô te seguindo
Muito bom!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQue beleza ser/estar entre os marcianos!!!
ResponderExcluirLinkei no meu blog os "Poetas de Marte".
Abraços.