Viajantes Interplanetários

terça-feira, 3 de julho de 2012

MEXENDO NA SUA RADIOLA


BATERIAS MOURA: UMA DESCARGA SONORA

por: D.Everson

Confesso que no último sábado dia 30 jun. 2012 senti-me em pleno anos setenta assistindo um show para lá de tropicalista. Estivemos eu e minha gata no Casulo, fomos assistir ao show de lançamento do disco Filhosofia da mais nova Bateria Moura musical: Vertin Moura. Por pouco o show não fora censurando por meio da intervenção de algum vizinho anus doce que chamou os homi da lei para dar uma batida no local depois que a moçada passou o som. A dita ainda continua dura e a vida nada mole? Samancos a parte, por volta de 21:00h e tantas começou a festança. Empanturrado de pasteizinhos de queijo e caldinhos de feijão pude fazer uma digestão mental da mais pura nova-boa-música autoral tupiniquim apernambucanada. Cabra, foi uma porrada de som! Visceralmente bem concatenada por um trio de músicos que acompanharam Vertin, só água filtrada, como diria China. Domingo (01/07/2012) depois de trocar algumas palavras com Vertin ele nos concedeu um bate papo, logo abaixo segue nosso papo musical. Boa leitura e oiçam o disco (disponível para download logo abaixo da entrevista), divulguem aqui na terra por que ele já está tocando e mexendo nas radiolas marcianas de Pernambuco.


MEXENDO NA SUA RADIOLA
 indaga: Boa noite, Boa tarde, Bom dia Vertin Moura! Locado atualmente em Recife, essa terra quente da brucuta, você é natural de que parte desse país tupiniquim? E quando foi que começou sua trajetória musical?

VERTIN MOURA: Primeiramente bons climas também ao MEXENDO SUA RADIOLA! De nascença digo a ti que sou de Juazeiro-BA, porém só fiz nascer lá, pois minha mãe morava em Petrolina-PE e me teve justamente na real cantiga “eu gosto de Juazeiro e adoro Petrolina”. Mas mesmo assim fui muito novo morar em Arcoverde onde passei a maior parte da vida até esse momento e lá é onde me sinto mais em casa de todas as cidades que morei. Foi em Arcoverde que comecei os passos artísticos pela diversidade de influências que Arcoverde tem e proporciona. Então mais ou menos em 2004 integrei-me ao teatro da Estação da Cultura e de lá, resumidamente, desviei-me para os campos musicais.


MEXENDO NA SUA RADIOLA indaga: Observamos que você toca alguns instrumentos como por exemplo Escaleta, Guitarra, Bandolim... Como escolher dentre algumas opções qua(ais)l instrumento(s) você iria utilizar nos arranjos do disco? E qual deles é a chave para seu processo criativo, tipo, a música nasce originalmente em que instrumento(s) com mais constância? E uma curiosidade: você compõe letra ou música primeiro, ou tudo ao mesmo tempo?

VERTIN MOURA: A maioria das escolhas dos instrumentos é improvisada, que é como eu toco às vezes palhetando qualquer um deles acaba-se fazendo arranjos. Mas sem dúvida em casa compondo eu uso mais o violão de nylon pela comodidade e maciez que ele traz ao lar. A composição musical não tem uma métrica a ser guiada, prefiro muito fazer as melodias e depois colocar as letras, mas nem sempre acontece assim. Vez em quando vem uma frase antes da música inteira, em mim normalmente visualizo a música inteira e depois vou modelando partes.    


MEXENDO NA SUA RADIOLA indaga: Como nasceram as parcerias para as faixas À que morreu, com o camarada poeta Ícaro; Filhosofia  com Samara Maria; Alessandro Palmeira;  Morte O vinagre e o vinho com Jair Galvão? Assim como a participação mais que especial do HeltonMoura nas Faixas À que morreu e É saudade? E diz aí: como é ter o Lirinha no disco



VERTIN MOURA: Numa conversa amigável (em Dezembro de 2009) com Ícaro Tenório passeávamos na madrugada Arcoverdense quando pedi a ele que me falasse a poesia À que morreu. Desde que ouvi declamando imaginava a música e então pedi tal permissão para musicá-la, cedido: saiu a belíssima música de uma belíssima parceria. Com a Filhosofia eu (em 2010) compus a melodia inteira; e havia trocado cartas com Samara Maria de onde capturei alguns versos “sem permissão”. Existe um Escritor e Poeta, um romancista (meu amigo) chamado Alessandro Palmeira de Afogados da Ingazeira-PE que escreveu um livro que se chama Prece ao pecado, desse livro retirei a frase que inicia a música Filhosofia “Escrevo silêncios para não acordar Maria”. Assim se formou a Filhosofia, eu vos apresentei (aos dois parceiros), eles aprovaram a parceria que intitulou logo mais meu disco. Morte é um poema de Jair Galvão meu parceiro e amigo, deu-me em mãos pra eu ler e li automaticamente musicando o tal poema (em 2007); O vinagre e o vinho é uma poesia de Jair que eu retirei o áudio de um vídeo dele e usei no cd. A participação especial de Helton Moura aconteceu naturalmente justamente por não só termos laços artísticos, mas também familiar, já que somos irmãos. E acompanhei admiradamente desde a infância os passos artísticos de Helton. Assim como ele participou e interferiu nos meus passos de forma que influenciou sem dúvida na construção. Ter o Lirinha no disco interpretando a última canção foi honroso e satisfatório, tenho bastante admiração e respeito pelo conjunto deste grande artista.      



MEXENDO NA SUA RADIOLA indaga: Até onde sabemos essa já é sua 2ª aparição em disco. Você faz parte do Cambaio, banda que se apresenta com Helton Moura e que já possui um disco e bastante estrada rodada (o disco Maquete sonora de Helton Moura e o Cambaio encontra-se nesse blog para download, vide publicações antigas do MEXENDO NA SUA RADIOLA), como está sendo digerida a ideia de fazer Filhosofia? Como você se sente fazendo um disco porreta que caminha nas trilhas independentes do faça você mesmo, sem gravadora no ouvido?


VERTIN MOURA: Sim Faço parte do disco Maquete Sonora de Helton Moura e o Cambaio e é o primeiro disco que gravei. A Filhosofia e o trabalho autoral em si, as músicas próprias sempre foram ideais meus com a arte, desde cedo sempre tive minhas bandas e composições o que se construiu desse processo desde adolescência foi esse disco que eu fiz mesmo, na Filhosofia encontra-se eu enquanto compositor dos dezesseis aos vinte anos, então eu tentei recolher e de algum modo mostrar um pouco do percurso histórico que fiz musicalmente. A história de não ter gravadora tem seus dois lados como as várias coisas da vida, pode ser bom ou ruim. Eu tenho minha satisfação em ter feito o disco do jeito que fiz e quis. Esse disco foi gravado no meu quarto e em casas e quartos de amigos (só algumas coisas foram gravadas em estúdio) por mim e Ramsés, numa interface de dois canais e um microfone de 200,00 reais. Sem isolamento, sem condições de captação ideais, enfim sem várias coisas técnicas que são tidas como um mínimo para se fazer um disco de qualidade. Então eu ouço o disco e sei de como foi feito e fico satisfeito pelo que soa e ressoa ali. Mas talvez se tivéssemos uma gravadora ou produtora a demora a ser finalizado, confeccionado, propagado entre outras coisas não seria tão excessiva.       


MEXENDO NA SUA RADIOLA indaga: Para finalizarmos nosso papo sem sermos prolixos, dê um bom motivo para comprar, baixar, receber, e disseminarmos seu disco?

VERTIN MOURA: É música feita com amor, emoção, vontade e que visa mudar algo em alguém, deixar uma mensagem. O melhor motivo é que ouçam e demonstrem o que sente, dialoguemos com isso e assim vejamos juntos o que se vale e o que se perde.

Abraços ao MEXENDO NA SUA RADIOLA!
VERTIN MOURA


Contatos: (81) 96670061/ 96494035 – vertinmoura7@gmail.com
Fernando Rocha. 


 PARA BAIXAR O DISCO CLIC NA IMAGEM ABAIXO:




11 comentários:

  1. Maneiríssima entrevista, meu caro amigo! Ouvi o Vertin. Gostei muito de "Saudade". Agrada-me bastante esse tipo de som!

    Meus parabéns!

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    1. modesta parte, a galera por essas bandas faz um som maneiro, 90% da coluna é só de música fabricada por essas bandas kkkkkkkkkkk

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    2. Tenho não camarada! Não consigo me entender com Facebook ou msn. Não "curto" facebook(rsrsrs)

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    3. eita! que ele é da qualidade de Caju hehehee

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    4. Caju também não curte esse lance?

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    5. com certeza que não curte kkkkkkkk

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  2. Vertin e Helton são puro talento, um dia chego lá hahaha

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    1. Fala aí, meu camarada! Por que você não manda uma harmonia sua pra eu tentar, humildemente, por uma letra! A parceria às vezes pode ficar boa!

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    2. Tow trabalhando numa coisa meio tosca aqui com um arranjo nada convencional kkkkkkkkkkkkkk te mando ela quando eu descobri se vai certo o que estou criando kkkkk vc pode fazer o inverso tb, só não espere a mesma rapides que vc tem p compor, por que eu sou uma tartaruga quase um Chico compondo Anos dourados que só entrgou a letra ao Tom quando a série saiu do ar kkkkkkkkkkkk

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