Viajantes Interplanetários

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Azedume XII



I

Engano
Durante toda a festa, me olhava.
Perguntei à dama, se dançava.
Mas que triste decepção
Com aquele pomo de adão
E aquilo, que embaixo, cutucava

II

Afogamento

A meretriz, gorda, comilona
Sai para o motel, deixa a zona,
C'um cliente, bem faceira.
Trepa com ele na banheira!
Só os olhos do homem, vem à tona!

III

Bucha
O pobre João Apolinário
Ao cair no conto do vigário
Esbraveja iracundo:
Hoje em dia, todo mundo
Decidiu me fazer de otário

IV

Ressaca
Depois da uca, chega o sono
Ele, de quatro, no abandono,
dorme, na calçada, feliz.
Morfeu, preocupado, diz:
Sonho de bêbado, não tem dono

V
Sem fé
Sim! Tornar-me-ei um eremita.
Religião, fé, nada me excita.
Pelo meu diagnóstico,
Devo ser agnóstico:
Um ateu que diz que acredita.

Cristiano Marcell

8 comentários:

  1. Boas reflexões essas, e melhor ainda transformadas em poesia.

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  2. Grato,meu amigo! Bom que tenha gostado de meus limeriques!!

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  3. Limerique

    Ela me disse que cultivava alousia
    Não revelei que isso eu não sabia
    Mas havia algo errado
    Impossível ficar a seu lado
    Pois de muito longe seu fedor ressentia.

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  4. KKKKKKKK Gostei muito.Azedume bem hilário.Muito bom ! Bjs

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  5. Pai! afasta de mim esse cálice... kkkkkkkkkkkkkk

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