Viajantes Interplanetários

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

POEMA COM UM LAMENTO



Enquanto a bola de ferro do capitalismo pesa sobre meus passos
Um volume com as obras completas de Mario Quintana se enche de poeira,
Na estante de livros improvisada no meu quarto de luzes apagadas.
No momento em que o sistema entorna mais um drink do meu sangue
Estáticas amarelam as folhas de minha antologia completa de Neruda.
Tenho que me contentar com a leitura de outdoors,
Placas de carros,
Códigos de barras,
Faturas sem futuro,
Listas telefônicas,
Bocas que insultam.
No momento em que toda poesia se perde no esquecimento.

D.Everson

5 comentários:

  1. Camarada, vc está meio saudoso :p
    Gostei do poema, me faz refletir...

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    Respostas
    1. espero que esse quadro mude e eu possa ler meus clássicos

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    2. Estou na torcida para que consiga um tempinhoooo em sua agenda para a leitura! :D
      Belíssimo Poema.

      Beijinhos :*

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  2. Limerique

    O turbilhão da vida quotidiana
    Envolve mente e o corpo esgana
    Poesia é secundária
    Porque desnecessária
    Só interessa donde vem a grana.

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