Viajantes Interplanetários

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

MEXENDO NA SUA RADIOLA



‘A Banda de Joseph Tourton’ e a beleza da música instrumental


Uma das coisas que me fascina em música instrumental é como ela consegue aflorar a mente das pessoas que a escutam sem dizer nada. Mesmo sem letra alguma, o ouvinte consegue absorver a música e deixar que ela guie sua imaginação, que ela brinque com sua mente, e ainda assim deixar rastros no caminho. A música em si tem o poder de remeter à alguma coisa, um fato da vida, um videoclipe ou a própria banda. Mas música instrumental deixa a tua mente livre para criar a imagem que quiser.


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E assim é ‘A Banda De Joseph Tourton’. Formada por quatro caras tão jovens que, ao ouvir o som, você (quase) não acredita como eles conseguem fazer uma música tão leve e harmoniosa com tamanha maestria. Além de trazerem essa energia fluente e gostosa da música instrumental, o som deles com certeza vai te fazer lembrar de alguma coisa – como na faixa “Lembra O Quê?” que provavelmente vai te fazer pensar no encontro de algum sambista com um cara tocando escaleta numa das ruas de São Paulo, nos tempos de auge da bossa nova e samba. “Aquaplanagem” cria a imagem de uma banda de rock se apresentando num palco ‘grande’, logo após saírem da garagem de algum estúdio em Recife. “Volta Seca” cria um clima de velho oeste maravilhoso, e é a minha música preferida desse álbum.

O álbum de nome homônimo a banda [...] teve participações especiais, como alguns dos músicos que fazem os metais de Móveis Coloniais de Acaju (entre eles, Beto Mejía e Esdras Nogueira), China, o trompetista Guizado, entre outros; e os caras do Mombojó (Marcelo e Felipe) mais o produtor do Trama Virtual (Rodrigo Sanches) produziram o álbum. Daí dá para ver de onde vem as influências dos caras. Mas não passam disso – influências. O som deles toma um pouco de cada banda, mas também cria um estilo próprio, original. Maravilhoso.

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