Sem exceção.
Todas as vezes que defendi que a poesia deve ser uma atividade de disciplina rígida,
algum interlocutor vem com alguma alusão direta a sistemas métricos e versos
rimados. Não sei se me expresso mal ou o verso contado e/ou rimado passa a
impressão de algo difícil. Não é difícil, mas requer treino, do mesmo jeito do livre
e/ou branco.
Assim como um
bom poema livre não funciona apenas jogando palavras a esmo, um bom poema
metrificado não funciona apenas atingindo o número de sílabas almejado.
Os versejadores
de poemas livres não me parecem enfrentar tantas crises com a própria poesia: acham
a cabeça, o tronco e os pés do texto com mais facilidade. Já os outros (categoria
que atualmente me considero membro) às vezes perdem a noção do ridículo.
Fodem a sintaxe do texto para não perder uma rima ou não quebrar uma métrica,
querem um pacote completo e fechado a todo custo.
Penso, e
assumo a conta e o risco por isso, que um poema de métrica e rima deve ser
melhor pensado para os olhos que para os ouvidos. Acho que é coisa apenas para
quem gosta de flertar com palavras; quem quer o conteúdo antes da forma deveria
ficar longe de estruturas fixas. E quem quer som antes da imagem, melhor partir
para parcerias musicais.
Um abraço do
sinceramente cansado de ler poemas sérios com rimas infantis e poemas leves com
métricas desnecessárias,
Caju.
Você foi bem claro. Minhas rimas surgem por si mesmas, ou então não surgem. mas se eu tiver que escolher uma modalidade, prefiro os versos livres.
ResponderExcluirCada um no seu quadrado, ado ado ado...
ResponderExcluirLimerique
ResponderExcluirEntendi claramente caro Fred Caju
Você explicou tudo bem prá chuchu
Colocou pingos nos is
Falou tudo que quis
Só esqueceu de mandar-nos tomar no cu.
Jair é nosso mestre Yoda
Excluirpoeteiro que inventa moda
e honra seu testículo,
não beira o ridículo
e só escreve poema foda.
Limerique
ExcluirFred Caju poeta super genial
Que se diz um artista marginal
Mandou bem à beça
Então vamos nessa!
Todos caprichando no textual.
eita que tá parecendo moda de viola =]
ExcluirLimerique
ExcluirEra uma vez velho poeteiro
Em cujo bolso não havia dinheiro
Gostava tanto de mulher
Mas sem tostão sequer
Sem opção, tornou-se punheteiro.