Nossos ouvidos nos traem, muitas
vezes, sobretudo quando decifram (ou acham que decifram) palavras ou expressões
pela pura sonoridade. Menino pequeno, gostava de ouvir uma canção dedicada a
uma mulher misteriosa, dona Ondirá. Um dia pedi que alguém a cantasse, disse
não saber, dei a deixa: “Tão longe, de mim distante, Ondirá, Ondirá, teu
pensamento?” Ganhei uma gargalhada em resposta. Um dileto amigo achava esquisito
o grande Nat King Cole cantar seu amor por uma misteriosa espanhola, uma tal de
dona Quiçás... O ator Ney Latorraca afirma já ter sido tratado por seu Neila.
Neila Torraca, é claro. Agora me diga, leitor amigo: você nunca foi apresentado
a um velhinho chamado Fulano Detal?
(Armando Fuad)
Música "Farinhada" de Luiz Gonzaga, começava assim:
ResponderExcluir"Tava na peneira, oi, tava peneirando
Tava no namoro, oi, tava namorando"
Nada mais natural qua aos meus ouvidos de criança e até de muitos adultos soasse como "oitava". Daí, não era de estranhar que um ouvinte pedisse pelo telefone:
- Toca OITAVA, por favor!
- Oitava sinfonia de Bethoven?
- Não, OITAVA de Luiz Gonzaga!
Também, em alguns lugares no interior deste país o hino nacional é conhecido como "Ovirandum".
ResponderExcluirVerdade Jair =]]] eu tenho um ouvido dislexo kkkkkkkkkk
Excluir